24 de ago. de 2011


Metodos de Extincao
  - Abafamento: o abafamento ocorre com a retirada do oxigênio, é o mais difícil, a não ser em pequenos incêndios. - Resfriamento: o resfriamento é o método de extinção mais usado, consiste em retirar o calor do material incendiado. - Interrupção da Reação Química em Cadeia: é caracterizada pela ação do pó químico seco que interrompe a reação da combustão.
Transmissoes do Calor
  São três as transmissões do calor: 1ª) Condução: pelo contato direto de molécula a molécula. Por exemplo: uma barra de ferro levada ao fogo. 2ª) Convecção: é a transmissão do calor por ondas caloríficas. 3ª) Irradiação: é a transmissão do calor por raios caloríficos.
Clacificacao das causas de incendio
  São três as classificações das causas de incêndio: 1ª) Causas Naturais: são aquelas que provocam incêndios sem a intervenção do homem. Exemplo: Vulcões, terremotos, raios, etc. 2ª) Causas Acidentais: São inúmeras. Exemplo: eletricidade, chama exposta, etc. 3ª) Causas Criminosas: são os incêndios propositais ou criminosos, são inúmeros e variáveis. Exemplo: pode ser por inveja, vingança, para receber seguros, loucura, etc.
Causas mais comuns de incendio
  - Sobrecarga nas instalações elétricas; - Vazamento de gás; - Improvisações nas instalações elétricas; - Crianças brincando com fogo; - Fósforos e pontas de cigarros atirados a esmo; - Falta de conservação dos motores elétricos; - Estopas ou trapos envolvidos em óleo ou graxa abandonados em local inadequado.
Classes de incendio
  Classe A: fogo em combustíveis comuns que deixam resíduos, o resfriamento é o melhor método de extinção. Exemplo: Fogo em papel, madeira, tecidos, etc. Classe B: fogo em líquidos inflamáveis, o abafamento é o melhor método de extinção. Exemplo: Fogo em gasolina, óleo e querosene, etc. Classe C: fogo em equipamentos elétricos energizados, agente extintor ideal é o pó químico e o gás carbônico. Exemplo: Fogo em motores transformadores, geradores, etc. Classe D: fogo em metais combustíveis, agente extintor ideal é o pó químico especial. Exemplo: Fogo em zinco, alumínio, magnésio, etc.

Extintores
  São aparelhos portáteis ou carroçáveis que servem para extinguir princípios de incêndio. Os extintores devem estar em local bem visível e de fácil acesso. O treinamento sobre o emprego correto do extintor é parte eficaz contra incêndio. Os extintores não são automáticos ou auto ativados, se o incêndio começa eles continuam pendurados, inertes no lugar e nada acontece, pois são as mãos humanas que, precisam levá-los ao lugar necessário, apontá-los corretamente, ativá-los de modo a extinguir as chamas. Extintor de Água Pressurizada: Combate princípios de incêndios de classe ª extingue o fogo por resfriamento, não dever ser usado em aparelhos elétricos energizados. Modo de Usar: Transportá-lo até as proximidades do fogo, soltar a trava de segurança e apontar o mangotinho para a base do fogo apertando o gatilho. Extintor de Gás Carbônico: pode ser usado em incêndios de classe A, B e C, é mais indicado para equipamentos elétricos energizados. Modo de Usar: Transportá-lo até as proximidades do fogo, retirar o pino de segurança, apontar o difusor para a base da chama e apertar o gatilho, movimentar o difusor de um lado para o outro. Extintor de Pó Químico Seco: 1º) Pó Químico Pressurizado: pode haver perda de carga devido a petrificação do pó. 2º) Pó Químico Especial: usado para incêndios em classe D. Os extintores de pó químico seco podem ser usados em todas as classes de incêndios, não devem ser usados em centrais telefônicas ou computadores porque deixam resíduos. Não tem boa atuação nos incêndios da classe A e é preciso completar a extinção jogando água. Modo de Usar: Transportá-lo até as proximidades do fogo, soltar a trava de segurança, apontar o difusor para a base do mesmo e apertar o gatilho, fazer movimentos de um lado para o outro.
Fogo em automovel
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O que fazer em um principio de incendio
  Preservar a sua integridade física e de outras pessoas; - Realizar o primeiro combate ao fogo com os meios disponíveis. Ex: pano molhado, balde de água, mangueiras de jardim ou extintores e posteriormente chame o corpo de bombeiros pelo telefone 193, que pode ser discado de qualquer telefone público sem ficha ou cartão; - Ao sentir cheiro de gás ventile ao máximo o ambiente, não provoque qualquer tipo de chama ou fagulha, nem mesmo ligue ou desligue o interruptor de luz.
Cuidados com o gas de cozinha
  Não fumar enquanto estiver manuseando o botijão; - Se a mangueira pegar fogo feche o registro; - Ao utilizar o fogão acenda primeiro o fósforo e depois abra o registro, - Não utilize o botijão de 13 Kg em fogareiros ou lampiões, pois poderá ocasionar um super aquecimento do recipiente rompendo a válvula de segurança; - Não utilize chama para localizar vazamento de gás, use espuma; - Faça revisões periódicas das instalações elétricas.
Cuidados com as instalacoes eletricas
  Não faça consertos ou improvisações nos fios ou equipamentos elétricos sem estar devidamente habilitado; - Evite ligar mais de um aparelho numa só tomada, pois sobrecarrega o sistema elétrico podendo provocar um curto circuito ou incêndio; - Desligue o ferro ao atender a porta ou o telefone.
Cuidados com o uso de cigarro
  Não jogar cigarro acesso no cesto de lixo; - Evite acumular pontas de cigarro no cinzeiro do carro; - Não jogue ponta de cigarro acesso na estrada; - Não durma fumando; - Respeite as placas de proibição.
Procedimentos em caso de incendio em edificio
  Mantenha a calma; - Nunca salte do prédio; - Desça sempre, só suba em último caso, pois a tendência do calor e do fogo é subir; - Não utilize elevadores, providenciando para que outras pessoas também não utilize.
Sempre que possivel utilize as caixas de incendio da seguinte maneira
  - Abra a tampa; - Engate a mangueira na saída do registro; - Engate o esguicho na outra extremidade da mangueira; - Desenvolva a mangueira em direção ao fogo; - Abra o registro na caixa de incêndio
Outros cuidados
  Se o local estiver tomada de fumaça, ande rente ao chão, pois é onde há menos fumaça e mais oxigênio; - Zele pelos hidrantes nas calçadas, pois é onde os bombeiros abastecem com a água as viaturas; - Mande revisar periodicamente os extintores; - Ao entrar no ônibus, trens, repartições, casa de espetáculos, oberve onde situam-se as saídas de emergência; - Se sua roupa pegar fogo, role no chão ou envolva-se num cobertor. DICAS Podemos afirmar que a maioria dos incêndios são causados por falha humana, falha material ou por ambas, predominando a falha humana. Vejamos a seguir algumas situações que podem resultar em incêndios e são perfeitamente evitáveis: - Brincadeiras de crianças. - Exaustores, chaminés e fogueiras. - Balões e Fogos de artifícios. - Displicência ao cozinhar. - Negligência com fósforo. - Velas, Lamparinas e outras fontes de iluminação à chama aberta, sobre móveis ou locais inadequados. - Aparelhos Eletrodomésticos. - Pontas de cigarro. - Vazamento de gás - Ignição ou explosão de produtos químicos. - Instalações elétricas inadequadas. - Trabalhos de soldagens. - Ação criminosa. Fique atento a todas estas situações, se você agir com consciência e muita cautela estará ajudando a evitar inúmeros incêndios e a salvar vidas.




Tetraedro do Fogo
TETRAEDRO DO FOGO - O Calor: é o elemento que serve para dar início a um incêndio, mantém e aumenta a propagação. - O oxigênio: é necessário para a combustão e esta presente no ar que nos envolve. - O combustível: é o elemento que serve de propagação do fogo, pode ser sólido, líquido ou gasoso. - Reação em Cadeia: A reação em cadeia torna a queima auto-sustentável. O calor irradiado das chamas atinge o combustível e este é decomposto em partículas menores, que se combinam com o oxigênio e queimam, irradiando outra vez calor para o combustível, formando um ciclo constante.

Entendendo o Fogo
  O fogo é conhecido desde a pré-história e desde aquele tempo tem trazido inúmeros benefícios ao homem, ele nos aquece e serve para preparar alimentos, mas o fogo quando foge ao controle do homem recebe o nome de Incêndio, e causa inúmeros danos para as pessoas, o incêndio exige pessoal e material especializado para extingui-los, por isso simultaneamente com as primeiras medidas de combate e salvamento chame os bombeiros com rapidez, ensine as crianças como salvarem-se no caso de incêndio em sua residência. Os grandes incêndios ocorrem quando um fogo atinge uma elevada intensidade, passando a sua propagação a depender de diversos e complexos factores. Em determinadas condições são praticamente incontroláveis pelo Homem. O aumento de intensidade da linha de fogo pode fazer um fogo estacionário (fogo de intensidade intermédia, sendo já autosustentado, com forma elíptica ao crescer ao “sabor” do vento ou das encostas) transitar para um regime de grande incêndio, onde novos mecanismos de propagação ganham predominância. Esta transição pode ocorrer uma ou várias vezes durante a história de um fogo. Numa situação de alta intensidade da linha de fogo, o grande incêndio é praticamente incontrolável com os meios humanos disponíveis. Nesta fase, apenas significativas alterações no ambiente de fogo (nos combustíveis e sobretudo meteorológicas) poderão alterar tal comportamento do fogo, de forma a poder ser controlado. O fogo só pode ser combatido de forma eficaz se este regressar à fase estacionária. Os grandes incêndios dividem-se em duas grandes classes, que dependem das propriedades dinâmicas mais importantes do fogo, nomeadamente, da velocidade de propagação e da taxa de libertação de calor por unidade de área (Intensidade). O gráfico de Rothermel (1983), relaciona estas duas variáveis, produzindo a conhecida Curva de Características do Fogo (Fig.1). As duas variáveis estão inversamente relacionadas e, desta forma, os grandes incêndios tendem a ser ou muito velozes ou muito intensos, apesar de na maioria dos casos ocorrerem numa situação de transição. Os grandes incêndios com velocidades de propagação muito rápidas pertencem à classe Incêndios de Progressão Rápida, e por oposição, os fogos com elevada intensidade de reacção pertencem à classe de Fogos Massivos. Pode-se verificar que, à medida que a Intensidade da Linha de Fogo (a não confundir com a taxa de libertação de calor por unidade de área) aumenta, vai-se esbatendo a distinção entre as duas classes.

NA SALA DE AULA COM TENENTE SANTANA.

Primeiros Socorros
Remoção do Acidentado
A remoção da vítima do local do acidente para o hospital é tarefa que requer da pessoa prestadora de primeiros socorros o MÁXIMO DE CUIDADO E CORRETO DESEMPENHO.

ANTES DA REMOÇÃO:
TENTE controlar a hemorragia.
INICIE a respiração de socorro.
EXECUTE a massagem cardíaca externa.
IMOBILIZE as fraturas.
EVITE o estado de choque, se NECESSÁRIO.

Para o transporte da vítima podemos utilizar meios habitualmente empregados - maca ou padiola, ambulância, helicóptero ou de RECURSOS IMPROVISADOS:
Ajuda de pessoas.
Maca.
Cadeira.
Tábua.
Cobertor.
Porta ou outro material disponível.

COMO PROCEDER

Vítima consciente e podendo andar:
Remova a vítima apoiando-a em seus ombros.
Vítima consciente não podendo andar:
Transporte a vítima utilizando dos recursos aqui demonstrados, em casos de:
- Fratura, luxações e entorses de pé.
- Contusão, distensão muscular e ferimentos dos membros inferiores.
- Picada de animais peçonhentos: cobra, escorpião e outros.
Vítima inconsciente:

Como levantar a vítima do chão SEM AUXÍLIO DE OUTRA PESSOA:

Como levantar a vítima do chão COM A AJUDA DE UMA OU MAIS PESSOAS



Vítima consciente ou inconsciente:

Como remover a vítima, utilizando-se de cobertor ou material semelhante:

Como Remover Vítima de Acidentados Suspeitos de Fraturas de Coluna e Pelve:
- Utilize uma SUPERFÍCIE DURA - porta ou tábua (maca improvisada).
- Solicite ajuda de pelo menos cinco pessoas para transferir o acidentado do local encontrado até a maca.
- Movimente o acidentado COMO UM BLOCO, isto é, deslocando todo o corpo ao mesmo tempo, evitando mexer separadamente a cabeça, o pescoço, o tronco, os braços e as pernas.

Como Remover Acidentado Grave Não Suspeito de Fratura de Coluna Vertebral ou Pelve, Em Decúbito Dorsal:
- Utilize macas improvisadas como: portas, cobertores, cordas, roupas, etc.;
IMPORTANTE:
EVITE paradas e freadas BRUSCAS do veículo, durante o transporte;
PREVINA-SE contra o aparecimento de DANOS IRREPARÁVEIS ao acidentado, movendo-o o MENOS POSSÍVEL
SOLICITE, sempre que possível, a ASSISTÊNCIA DE UM MÉDICO na remoção de acidentado grave.
NÃO INTERROMPA, em hipótese alguma, a RESPIRAÇÃO DE SOCORRO e a MASSAGEM CARDÍACA EXTERNA ao transportar o acidentado.

23 de ago. de 2011

Curativos.

1- Conceito:
São cuidados dispensados a uma área do corpo que sofreu solução de continuidade.

2- Finalidades:
- Prevenir a contaminação;
- Promover a cicatrização;
- Proteger a ferida;
- Absorver secreção e facilitar a drenagem;
- Aliviar a dor.

3- Tipos de Curativos
Aberto - É aquele no qual utiliza-se apenas o anti-séptico, mantendo a ferida exposta. Ex: Curativo de intracath, ferida cirúrgica limpa.
Oclusivo - Curativo que após a limpeza da ferida e aplicação do medicamento é fechado ou ocluído com gaze ou atadura.
Seco - Fechado com gaze ou compressa seca (não se usa nada na gaze)
Úmido - Fechado com gaze ou compressa umedecida com pomada ou soluções prescritas.
Compressivo - É aquele no qual é mantida compressão sobre a ferida para estancar hemorragias, eviscerações, etc.
Drenagens - Nos ferimentos com grande quantidade de exsudato coloca-se dreno (Penrose, Kehr), tubos, cateteres ou bolsas de colostomia.

4 - Material: Bandeja contendo:
- Pacote de curativo (pinças: 1 anatômica, 1 dente de rato, 1 Kelly, 1 Kocher), 1 tesoura.
Com 3 pinças: 1 anatômica, 1 dente de rato, 1 Kelly.
- Pacote de gazes;
- Esparadrapo, micropore;
- Frasco com anti-septico (o mais utilizado atualmente é o álcool a 70%);
- Éter;
- Soro fisiológico;
- Cuba rim (para receber o lixo);
- Saco plástico para lixo (que vai envolver a cuba rim);
- Forro de papel, pano ou impermeável para proteger roupa de cama;
- Pomadas, algodão, seringas, ataduras, cubas (quando indicado)
- 1 ou 2 pares de luvas

Deve-se usar máscara no procedimento.

5 - Classificação das feridas:
a) Ferida asséptica: não contaminada. Ex: Feridas operatórias
b) Ferida séptica: contaminada. Ex: Feridas laceradas

Denominamos de:

Ferimento aberto - Solução de continuidade. Ex: Incisão cirúrgica, laceração penetrante ou escoriação.
Ferimento fechado - Não dá solução de continuidade. Ex: Contusão ou equimose.
Ferimento acidental - Ferimento devido a um infortúnio.
Ferimento intencional - Causado por incisão cirúrgica (fins terapêuticos).

6 - Inflamação
- É uma reação anormal do corpo a qualquer tipo de ferimento. A resposta inflamatória ocorre em 3 fases: vascular, exsudativa e reparadora.

Fase Vascular - Caracteriza-se por hiperemia local, devido a vaso dilatação. Nesta fase chega ao local plasma, anticorpos, células sanguíneas. Ocorre processo fagocítico onde os leucócitos englobam as substâncias estranhas e células danificadas.

Fase Exsudativa - Ocorre formação de exsudato que são líquidos compostos por células sanguíneas, células de tecido danificado e corpos estranhos. Pode ser seroso, purulento (infecção), hemorrágico (eritrócitos). O acúmulo de exsudato nos espaços intersticiais causa edema e dor localizada.

Fase reparadora - Cicatrização do ferimento. Ocorre remoção das células teciduais lesadas pela regeneração de novas células e formação de tecido cicatricial.

7 - Tipos de cicatrização:
Por primeira intenção: É a volta do tecido normal sem presença de infecção e as bordas do ferimento estão bem próximas. Pode ser usada sutura, materiais adesivos.
Por segunda intenção - Ocorre quando não acontece aproximação das superfícies com presença de infecção prolongada. O processo de cicatrização necessita de grande quantidade de tecido de granulação para fechar o ferimento.
Por terceira intenção - Ocorre quando é necessário fechamento secundário de uma ferida. Às vezes a ferida é aberta e suturada mais tarde ou é aberta por deiscência.

8 - Fatores que Afetam a Cicatrização Normal:
A idade, a nutrição, condições de vascularização, edema, inflamação local, hormônios, infecção e a extensão da lesão podem afetar a cicatrização normal.
Na cicatrização é comum encontrarmos hemorragias e infecção.
Para auxiliar um paciente portador de uma ferida, o enfermeiro deve estar a par da causa, do tipo de ferida e quando esta ocorreu, assim como conhecer a natureza básica dos problemas de saúde e do plano geral de assistência médica do paciente.

9 - Procedimentos:
1 - Lavar as mãos.
2 - Preparar o Material.
3 - Explicar o procedimento ao paciente.
4 - Solicitar ou auxiliar o paciente a posicionar-se adequadamente.
5 - Expor a área a ser tratada.
6 - Colocar a cuba rim ou similar próximo ao local do curativo
7 - Abrir o pacote de curativo, de modo que o primeiro par fique próximo ao paciente.
1o Par: Kocher e Dente de rato
2o Par: Anatômica, Kelly e Tesoura (caso esteja presente no pacote)
8 - Dobrar a gaze com a pinça Kocher com auxilio da pinça dente de rato e embebe-la com éter (ou benzina).
9 - Segurar o esparadrapo do curativo anterior com a pinça dente de rato. Descolar o esparadrapo com o auxílio da pinça Kocher montada com gaze embebida em éter. (Isso facilita na retirada do esparadrapo diminuindo a dor do paciente)
10 - Remover o curativo e despreza-lo na cuba-rim, ou similar, evitando que as pinças toquem o mesmo.
11 - Remover as marcas de esparadrapo ao redor da ferida com a pinça Kocher.
12 - Iniciar a limpeza da área menos contaminada com o 2o par de pinças, utilizando soro fisiológico. Trocar as gazes sempre que necessário.
13 - Fazer aplicação do anti-séptico com auxílio da pinça Kelly.
14 - Proteger a ferida com gaze utilizando as pinças anatômica e Kelly.
15 - Fixar as gazes com esparadrapo.
16 - Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem.
17 - Imergir as pinças e a tesoura abertas em soluça adequada.
18 - Lavar as mãos.
19 - Anotar na prescrição do paciente: hora, local, condições da ferida, soluções utilizadas.

10 de ago. de 2011

sobre primeiros socorros.

Se todos soubessem noções básicas de primeiros socorros muitas vidas poderiam ser salvas. Iremos apresentar alguns procedimentos que poderão auxiliá-lo em caso de emergência. É importante mencionar que a prestação de primeiros socorros não exclui a importância de um médico.

PRIMEIROS SOCORROS - São os cuidados imediatos prestados a uma pessoa cujo estado físico coloca em perigo a sua vida ou a sua saúde, com o fim de manter as suas funções vitais e evitar o agravamento de suas condições, até que receba assistência médica especializada.

CONSENTIMENTO EXPRESSO - O consentimento pode ser obtido por gestos ou por palavras de uma vítima que esteja consciente e apta a assumir responsabilidade por seus atos, por exemplo, menores de idade e pessoas com problemas de desenvolvimento mental não podem responder juridicamente por seus atos.

CONSENTIMENTO IMPLÍCITO - O consentimento estará implícito nos casos onde a vítima esteja inconsciente e sua vida esteja correndo riscos. Da mesma forma, se a vida de uma criança ou de uma pessoa com problema de desenvolvimento mental estiver correndo risco, o consentimento deverá ser assumido como implícito e o socorro poderá ser prestado se no local não estiver presente um responsável pela vítima que possa expressar o consentimento. Nunca deixe de prestar socorro a uma criança por não ter como obter consentimento de pais ou responsável.

ABANDONO - Abandono significa interromper o atendimento, antes que alguém com nível igual ou superior de conhecimento ao seu assuma a responsabilidade. Portanto, uma vez que você inicie o socorro deverá ficar ao lado da vítima até ser substituído por alguém que possua condições para o socorro.

NEGLIGÊNCIA - Negligência significa atender uma vítima sem observar as técnicas adequadas e os protocolos estabelecidos, provocando com isso agravamento ou lesões adicionais.

URGÊNCIA - É a situação em que a vítima necessita de uma assistência imediata. Ex: uma pessoa com um pé quebrado (fratura fechada) e consciente.

EMERGÊNCIA - Nas situações de urgência existem aquelas que se destacam pela sua gravidade e merecem prioridade de atendimento. Ex: parada cardiorrespiratória ou hemorragia intensa.

ORIENTAÇÕES GERAIS EM CASO DE ACIDENTES:
Mantenha a calma;
Afaste os curiosos;
Quando se aproximar, tenha certeza de que está protegido;
Sinalização do local para evitar a ocorrência de novos acidentes. Pode ser feito de qualquer objeto que chame a atenção de outras pessoas para o cuidado com o local, ou uma pessoa fique sinalizando a certa distância. Se for numa via pública deve corresponder a velocidade máxima permitida para a via. Ex. acidente numa avenida onde a velocidade máxima é de 90 km/h, deve-se sinalizar a 90 metros de distância;
Faça uma barreira com seu carro, protegendo você e a vítima de um novo trauma;
Chame uma ambulância pelos telefones de emergência 193 (Bombeiros) ou 192 (SAMU);
Evite movimentos desnecessários da vítima, para não causar maiores ou novas lesões, ex. lesões na coluna cervical, hemorragias, etc;
Utilize luvas, para evitar contato direto com sangue ou outras secreções.(luvas descartáveis).

AVALIAÇÃO PRIMÁRIA - Consiste na verificação:
Se a vítima está consciente, respirando, vias aéreas estão desobstruídas e se a vítima apresenta pulso;
Este exame deve ser feito em até 30 segundos. Se a vítima não estiver respirando, mas apresentar batimentos cardíacos (pulso), iniciar a respiração artificial conforme o procedimento. Caso não haja sinal de pulso, iniciar a RCP segundo o procedimento.

AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA - Consiste na verificação do nível de consciência e escala de Coma de Glasgow.
Avaliar os 4 sinais vitais: pulso, respiração, pressão arterial (PA), e quando possível à temperatura;
Avaliar os 3 Sinais diagnósticos: Tamanho das pupilas, enchimento capilar (perfusão sangüínea das extremidades) e cor da pele;
Realizar o exame físico na vítima: pescoço, cabeça, tórax, abdômen, pelve, membros inferiores, membros superiores e dorso.

RESSUSCITAÇÃO CÁRDIO PULMONAR (RCP) - Conjunto de medidas emergenciais que permitem salvar uma vida pela falência ou insuficiência do sistema respiratório ou cardiovascular. Sem oxigênio as células do cérebro morrem em 10 minutos. As lesões começam após 04 minutos a partir da parada respiratória.

CAUSAS DA PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA - Asfixia (obstrução das vias aéreas); intoxicações; traumatismos; afogamento; eletrocussão (choque elétrico); estado de choque e doenças.

COMO SE MANIFESTA - Perda de consciência; ausência de movimentos respiratórios; ausência de pulso; cianose (pele, língua, lóbulo da orelha e bases da unhas arroxeadas) e midríase (pupilas dilatadas) e arreativas (sem reação á luz).

COMO PROCEDER:
Verifique o estado de consciência da vítima, perguntando-lhe em voz alta:"Posso lhe Ajudar";
Trate as hemorragias externas abundantes;
Coloque a vítima em decúbito dorsal sobre uma superfície dura;
Verifique se a vítima está respirando;
Nunca realize a hiperextensão do pescoço de uma vítima de trauma, apenas tracione o queixo para cima mantendo a cabeça e pescoço imobilizados. Nos casos em que não houver suspeita de trauma, incline a cabeça da vítima para trás e em seguida eleve seu queixo;
Verifique se as vias aéreas da vítima estão desobstruídas aplicando-lhe duas insulflações pelo método boca-a-boca;
Verifique se a vítima apresenta os sinais de circulação (respiração, tosse ou movimentos), se tiver habilidade cheque o pulso carotídeo no pescoço da vítima, caso negativo inicie as compressões torácicas (massagem cardíaca externa);
Posicione as mãos sobre o externo, no centro do peito entre os mamilos da vítima;
Mantenha os dedos das mãos entrelaçados e afastados do corpo da vítima;
Mantenha os braços retos e perpendiculares ao corpo da vítima;
Inicie a massagem cardíaca comprimindo o peito da vítima acima de 8 anos de idade em tor no de 03 a 05 cm;
Realize as compressões no ritmo de 100 compressões por minuto;
Independente de estar sozinho ou acompanhado execute 15 compressões torácicas por 2 ventilações artificiais durante o período de 1 minuto que corresponde a 4 seqüências (ciclos). Após 4 ciclos de 15 x 2 verifique o retorno dos sinais de circulação. Se ausentes reinicie a RCP com as compressões torácicas.
Ao socorrer vítimas com idade inferior a 8 anos execute 5 compressões torácicas por 1 ventilação artificial por 20 ciclos, no tempo de 1 minuto. Comprima o tórax apenas com uma das mãos apoiadas sobre o tórax e deprima o esterno entre 2,5 a 3,5 cm, num ritmo de pelo menos 100 vezes por minuto.

RCP

COMPRESSÕES

VENTILAÇÕES

CICLOS
Vítimas acima de oito anos

15

02

04
Vítimas Abaixo de oito anos

05

01

20

Após os ciclos de reanimações, monitorar novamente os sinais vitais.

FRATURAS - É a ruptura do osso. O Primeiro Socorro consiste em impedir o deslocamento das partes quebradas, evitando assim o agravamento da lesão. Dor e edema (inchaço) local, dificuldade ou incapacidade de movimentação. Posição anormal da região atingida. Há uma sensação de atrito das partes ósseas no local da fratura, em fratura expostas há a rotura da pele com exposição do osso fraturado.

Fratura Fechada - Mantenha a vítima em repouso, evite movimentar a região atingida e o estado de choque. Imobilize o local usando tábua, papelão, jornal ou revistas dobradas, travesseiro, manta e tiras de pano.
Proteja a região lesada usando algodão ou pano, a fim de evitar danos à pele, faça a imobilização de modo que o aparelho atinja as duas articulações próximas à fratura.
Amarre as talas com ataduras ou tiras de pano com firmeza, sem apertar, em 4 pontos:
· Acima e abaixo do local da lesão;
· Acima e abaixo das articulações próximas à região lesão.
IMPORTANTE: Não tente reduzir a fratura colocando o osso quebrado no lugar.

Fratura Exposta - Mantenha a vítima em repouso, evite movimentar a região atingida. Estanque a hemorragia e faça um curativo protetor sobre o ferimento, usando compressas, lenço ou pano limpo.
Imobilize o local usando tábua, papelão, jornal ou revistas dobradas, travesseiro, manta e tiras de pano. Remova a vítima para o hospital mais próximo, após a imobilização.
IMPORTANTE: Não tente reduzir a fratura colocando o osso quebrado no lugar.

HEMORRAGIAS - É a perda de sangue devido o rompimento de um ou mais vasos sangüíneos. A perda excessiva e não controlada de sangue, pode levar uma vítima à morte, principalmente se a hemorragia for arterial.

Artéria - São os vasos responsáveis pelo transporte do sangue do coração para o restante do corpo. Esse sangue é rico em O2 e pobre em CO2, tem coloração vermelho claro. Quando a artéria se rompe, o sangue sai em forma de esguicho.

Veia - É responsável pelo retorno do sangue que vem do corpo para o coração. Esse sangue é pobre em oxigênio e rico em CO2 e pobre em O2 e tem cor vermelha escura. Quando rompidos, o sangue sai escorrendo pelo corpo em grandes ou pequenas quantidades.

HEMORRAGIA EXTERNA:
Antes de tocar na vítima, proteja-se com luvas;
Cubra o local com um pano limpo, gases estéreis, bandagem triangular;
Aplique uma pressão sobre local;
Se for nos membros (braços e pernas) eleve-os SOMENTE EM CASOS EM QUE NÃO HOUVER FRATURA LOCAL OU INDÍCIOS DE FRATURA DE COLUNA, para diminuir o fluxo sangüíneo no local do ferimento. Ex. CORTE POR FACA NA MÃO, CORTE POR VIDRO NO PÉ;
Não faça pressão em ferimentos nos olhos, objetos empalados (encravados), em fratura de crânio;
f ixe o curativo com esparadrapo ou similar, faixa crepe, pedaço de tecido, bandagem triangular;
Se o ferimento for profundo independente do tamanho, leve a vítima ao hospital, provavelmente necessitará de sutura (pontos);
Jamais coloque sobre o ferimento produtos caseiros: pó de café, manteiga, maizena, fumo, etc.
Se a compressa que foi colocada sobre o ferimento ficar encharcada não retirar, apenas colocar outra por cima.
Sua retirada vai expor novamente o ferimento e destruir os coágulos que já se formaram.

HEMORRAGIA INTERNA:
Suspeita de hemorragia interna:
Observar saída de sangue por orifícios (nariz, boca, ânus, canal vaginal, canal do pênis);
Verificar a queixa principal da vítima;
Relacionar a queixa com a natureza da ocorrência;
Observar presença de grandes hematomas.
Observar sinais e sintomas do choque hipovolêmico:
Pulsorese intensa, mucosas descoradas, palidez intensa, sede e tontura.
CONDUTA:
Mantenha as vias aéreas abertas;
Mantenha a vítima em repouso;
Não ofereça líquido ou alimento;
Mantenha a vítima aquecida;
Afrouxe as roupas;
Monitore os sinais vitais constantemente;
Cubra a vítima com cobertor, papel alumínio, para evitar perda de temperatura;
Transporte para o hospital mais próximo.

QUEIMADURA - É a destruição total ou parcial dos tecidos, às vezes estendendo-se aos músculos, tecidos gordurosos, tendões, nervos, vasos sangüíneos e ossos.
· 1º GRAU: Atinge a camada superficial da pele (epiderme). Apresenta eritema (vermelhidão), dor e inchaço.
· 2º GRAU: Compromete, além da epiderme, a derme (abaixo da epiderme) e a principal característica é a presença de bolhas e dor intensa.
· 3º GRAU: Pode afetar todas as camadas do corpo chegando às vezes até os ossos. A vítima geralmente sente pouca ou nenhuma dor nas áreas afetadas, pois as raízes nervosas são atingidas eliminando assim a transmissão de sinais da sensibilidade.

Regras para abordagem de vítimas queimadas:
Interromper o contato da vítima com o agente agressivo (térmico, químico ou elétrico);
Assegurar a vítima à manutenção básica da vida;
Proteger a vítima e suas lesões de outros agravos durante o transporte;
Proceder à avaliação primária da vítima assegurando vias aéreas pérvias, respiração e circulação;
Qualquer vítima com lesões por queimaduras podem também ter sido vítima de trauma, portanto, especial atenção deve ser dada à proteção da coluna vertebral.

QUEIMADURA QUÍMICA:
Antes de manipular qualquer vítima que ainda esteja em contato com o agente agressor (no ambiente, nas vestes ou na pele), proteger-se de sua exposição e usar luvas, óculos e vestimentas de proteção. Se possível, identificar o agente agressor;
Retire as vestes da vítima que estiverem impregnadas pelo produto e lavar a pele com água corrente ou soro fisiológico abundantemente por um tempo mínimo de 20 minutos;
Se o produto for seco (na forma granulada ou pó), retirá-lo manualmente (com pano seco ou escova de cerdas suaves) sem friccionar. Em seguida lavar o local com água corrente.

QUEIMADURA TÉRMICA:
Se tiver fogo nas roupas, role-a no chão se possível ou envolva em um cobertor ou similar para apagar as chamas;
Irrigue imediatamente o local afetado por alguns minutos com água corrente e na temperatura ambiente o utilize soro fisiológico.
Retire só as partes que não estão grudadas;
Retire das extremidades anéis, pulseiras, relógios antes que o membro fique muito inchado impossibilitando a retirada dos mesmos;
Queimaduras na face dar especial atenção às vias aéreas e respiração;
Se atingir os olhos, cobri-los com gaze umedecida em água ou soro fisiológico;
Se for nas mãos ou pés, colocar gaze entre os dedos umedecida em água ou soro fisiológico.

QUEIMADURA QUÍMICA NOS OLHOS:
No caso de queimadura química, seja por substância álcali ou ácida, irrigar com soro fisiológico ou água corrente por 20 minutos. Fazer a irrigação do centro para o canto externo do olho;
Cobrir o(s) olho(s) com gases umedecida em soro fisiológico ou água limpa e trocá-las constantemente;
Se possível retirar lentes de contato;
No caso de queimaduras químicas tentar obter o nome do produto e se possível levar a embalagem para o hospital.

ASFIXIA - Dificuldade ou parada respiratória, podendo ser provocada por: choque elétrico, afogamento, deficiência de oxigênio atmosférico, obstrução das vias aéreas (boca, nariz e garganta), por corpo estranho, envenenamento, etc. A falta de oxigênio pode provocar seqüelas após 4 minutos, caso não seja atendido convenientemente.

COMO SE MANIFESTA - Atitudes que caracterizem dificuldade na respiração, ausência de movimentos respiratórios, inconsciência, cianose (lábios, língua e unhas arroxeadas) e midríase (pupilas dilatadas).

CONDUTA - Encorajar a vítima a tossir e se a obstrução for total (não tosse ou não consegue falar) realizar sucessivas compressões abdominais se posicionando por trás da vítima e colocando as mãos sobre o abdome entre o umbigo e o apêndice xifóide, empurrando o abdômen para dentro e para cima com golpes rápidos (manobra de Heimlich).
Em vítimas obesas e gestantes no último trimestre as compressões devem ser realizadas no centro do tórax.
Em caso de a vítima ficar inconsciente executar a reanimação cardiopulmonar (RCP).

AFOGAMENTO - A maioria das pessoas, quando pensam em acidentes relacionados à água, lembram somente do afogamento. Não há dúvidas de que o afogamento é considerado o problema principal, até mesmo quando o motivo que causou o afogamento foi um trauma ou uma emergência clínica.

A melhor forma de prevenir o afogamento é sendo bastante cauteloso ao entrar em rios, piscinas e no mar. Para quem não sabe nadar, é recomendável procurar aprender já que situações em que seja necessário nadar podem ocorrer. Um exemplo é no caso de um veículo que cai dentro de um rio, ao sair do veículo se a pessoa não souber nadar, é quase certo que vá se afogar.

SEQUÊNCIA DE EVENTOS:
Período de pânico;
Tentativa para manter-se em apnéia (sem respirar), enquanto luta para emergir;
Começa a engolir água por mecanismo reflexo;
Líquido posteriormente pode ser aspirado;
Devido hipóxia e hipercapnia ocorrem respirações involuntárias e conseqüentes aspiração de líquido;
Passagem de líquido pela laringe na fase inicial, causa intenso laringoespasmo que previne grandes quantidades de água (85% a 90%);
Mecanismo cede com a perda da consciência (entra água - afogamento úmido / não entra água - afogamento seco).

CONDUTA:
A retirada da vítima inconsciente do local em que ela está submersa, deve ser cuidadosa, principalmente se durante o acidente, ela teve algum trauma;
Jamais faça contato direto com alguém que está se afogando, se você não tem treinamento para tal conduta;
Só se aproxime da vítima, se ela for uma criança que você possa dominá-la ou se a vítima estiver inconsciente.

FORMAS SEGURAS DE RETIRADA DA VÍTIMA CONSCIENTE DA ÁGUA:
Após retirá-la da água, inicie avaliação primária e se for necessário e realize imediatamente as manobras de reanimação respiratória ou cardiorrespiratória;
Durante o procedimento de reanimação cardiopulmonar e principalmente durante as compressões torácicas, caso a cavidade oral (boca) fique cheio de água ou resíduo alimentar, interrompa os procedimentos, limpe a boca e retome as manobras;
Caso consiga reanimar a vítima, mantenha em posição de recuperação, agasalhe-a para evitar a progressão da hipotermia (diminuição da temperatura do corpo), monitore sinais vitais e aguarde o socorro especializado;
Sabe-se hoje que ao iniciar as manobras tradicionais de reanimação (RCP) durante as compressões torácicas simultaneamente é realizado o batimento cardíaco de forma artificial e por está com as mãos sobre a região dos pulmões, realiza-se a drenagem da água.

OS ACIDENTES MAIS COMUNS:

Cortes e arranhões - Ferimentos pequenos devem ser cuidadosamente lavados com água corrente e sabão até ficarem totalmente limpos. Depois, proteja o ferimento utilizando atadura ou gaze. Procure um hospital e lá verifique se haverá necessidade de aplicar a vacina e/ou soro antitetânico. Para extrair espinhos ou lascas, use uma agulha ou pinça desinfete no fogo e depois aplique solução de iodo (por exemplo, povidine) no lugar ferido. Não use iodo puro.

Torceduras - Mantenha a parte afetada erguida e aplique bolsa de gelo ou água fria.

Trauma dentário - Dente permanente ou de leite que entrou mais na gengiva ou ficou mais para fora da gengiva após um trauma: deve-se procurar o hospital mais próximo.

Corpo estranho no nariz - Caso a pessoa esteja com dificuldade de respirar, oriente-a para que se mantenha calma e respire pela boca.
Evite retirar o corpo estranho com um objeto, pois pode prejudicar, ainda mais, o paciente.

Corpo estranho nos ouvidos - Não use nenhum objeto para retirar o corpo estranho, pois pode prejudicar, ainda mais, o paciente.

Corpo estranho nos olhos - Lave bem os olhos do paciente com água limpa ou soro fisiológico. Não deixe que o paciente esfregue os olhos ou coloque colírios anestésicos. Tome cuidado ao tentar remover o corpo estranho. Caso não consiga, proteja os olhos da vítima e leve-a ao hospital mais próximo.

Desmaio - Afrouxe as roupas da pessoa, soltando tudo o que possa prender sua circulação e respiração. Deite a pessoa de costas, abra as janelas e mantenha o local bem arejado.
Caso a pessoa se mantenha desacordada, agasalhe-a e leve-a ao médico.

Convulsão - Deite o paciente de costas e afaste os objetos próximos. Proteja sua cabeça com as mãos para que não bata no chão e se machuque. Vire a vítima imediatamente de lado com auxílio de outras pessoas para evitar que sufoque com as secreções da boca. Depois de recuperar a consciência, leve-o ao serviço médico para tratamento e medicação correta.

CHOQUES ELÉTRICOS - Se vir alguém recebendo uma grande descarga de energia, desligue imediatamente o circuito. Não toque no acidentado até que o condutor tenha sido desligado ou removido;
Se não puder desligar a corrente elétrica, só toque no acidentado se estiver usando luvas de proteção.

FERIMENTOS:
Conceito - É o rompimento da pele, podendo atingir camadas mais profundas do organismo, órgãos, vasos sangüíneos e outras áreas. Pode ser provocado por vários fatores, dentre eles: faca, arma de fogo, objetos perfuro-cortantes, arames, pregos e pedaços de metais, etc.
Os ferimentos leves devem ser lavados com água corrente e sabão. Para retirar lascas de madeira, vidro ou pedaços de metal da pele use apenas água. Evite tocar com os dedos, lenços ou materiais que não estejam limpos.
No caso de grandes sangramentos, o correto é colocar uma camada grossa de gaze ou pano limpo sobre o machucado apertando com força por alguns minutos até estancar o sangramento.
Quanto o sangramento parar, coloque uma atadura sem apertar muito. Depois procure um médico ou leve a pessoa para o hospital.

EM FERIMENTOS POR OBJETO ENCRAVADO:
Não retire objetos encravados, (madeira, ferro, arame, vidros, galho, etc.). A retirada pode provocar lesões nos órgãos e graves hemorragias, pois libera o ponto de pressão que está fazendo. Proteja a área com pano limpo, sem retirar o objeto, fixando-o para evitar movimento durante o transporte. Aguarde a chegada do socorro e fique ao lado da vítima e conforte-a.

EM EVISCERAÇÕES ABDOMINAIS:
Não recoloque as vísceras para dentro da cavidade abdominal, COLOQUE UM PLÁSTICO ESTÉRIL OU FILME DE PVC LIMPO SOBRE AS VÍSCERAS PARA PROTEGER O LOCAL.

O QUE SÃO ANIMAIS PEÇONHENTOS - Animais peçonhentos são aqueles que possuem glândulas de veneno que se comunicam com dentes ocos, ou ferrões, ou aguilhões, por onde o veneno passa ativamente. Portanto, peçonhentos são os animais que injetam veneno com facilidade e de maneira ativa. Ex. serpentes, aranhas, escorpiões, lacrais, abelhas, vespas e marimbondos.

MORDIDA DE ANIMAIS PEÇONHENTOS: O QUE FAZER?
Não permita que a vítima faça movimentos desnecessários, muitos menos que caminhe, principalmente se o acidente for no membro inferior, que deve ser imobilizado;
Mantenha a calma;
Não faça torniquetes nem cortes no local da picada;
Lave o local com água corrente;
Retire o ferrão (no caso de abelhas), sem usar pinças;
Não dê bebidas alcoólicas à vítima;
Resfriar o local com gelo;
Sempre que possível, capture o animal para identificação;
Não pegue o animal agressor com a mão;
Não coloque borra de café, angu ou outra substância qualquer no local;
Procure assistência médica no caso de muitas picadas ou reações alérgicas;
Crianças devem ser submetidas à avaliação de um médico;
Consulte os Centros de Controle de Intoxicações.

COBRAS:
Imobilize o membro atingido;
Não faça garrote ou torniquete;
Não esprema o local, não faça cortes;
Procure assistência médica.

PREVENÇÃO DE ANIMAIS PEÇONHENTOS:
Sacuda e examine os calçados e roupas antes de usar;
Mantenha devidamente aparado o gramado e evite ou remova folhagens densas;
Mantenha limpos os locais próximos a residências e evite acúmulo de lixo, entulhos ou materiais de construção;
Não coloque mãos ou pés em buracos, cupinzeiros, montes de pedra ou lenha;
Use sempre calçados e luvas nas atividades rurais;
Use telas e vedantes em portas e janelas;
Crie aves domésticas (predadores naturais) em zonas rurais;
Evite contato com lagartas, olhando atentamente para as folhas ou troncos das árvores.

TRANSPORTE DE VÍTIMAS:
Se houver suspeita de fraturas no pescoço e nas costas, evite mover a pessoa;
Para puxá-la para um local mais seguro, mova-a de costas, no sentido do comprimento com o auxílio de um casaco ou cobertor;
Para erguê-la, você e mais duas ou três pessoas devem apoiar todo o corpo e colocá-la numa tábua ou maca. Se precisar, improvise com pedaços de madeira, amarrando cobertores ou paletós;
Apóie sempre a cabeça, impedindo-a de cair para trás.

TÉCNICA DE TRANSPORTE DE VÍTIMAS


Atenção


Movimente o acidentado o menos possível.


Evite arrancadas bruscas ou paradas súbitas durante o transporte.
O transporte deve ser feito sempre em baixa velocidade, por ser mais seguro e mais cômodo para a vítima.


Não interrompa, sob nenhum pretexto, a respiração artificial ou a massagem cardíaca, se estas forem necessárias. Nem mesmo durante o transporte.

Logo que a vítima estiver em cima da prancha, cada socorrista deve se posicionar em uma das extremidades da prancha (o socorrista A deve colocar-se de costas para o paciente, e o B, aos seus pés);

Para aumentar as chances de recuperação, o ideal é que a vítima seja atendida no local do acidente. Caso isto não seja possível por falta de segurança, tanto para ela como para o socorrista, deve-se transportá-la para um local seguro, porém respeitando certos cuidados específicos. Veja como:Transporte de vítimas Transporte de vítimas

Antes de retirar a vítima do local do acidente:

* preste atenção ao movimentá-la para não agravar as lesões já existentes;
* examine o estado geral da vítima;
* tente calcular o peso da pessoa;
* considere o número de socorristas para ajudar;
* retenha a hemorragia;
* mantenha a vítima respirando;
* evite ou controle o estado de choque
* imobilize as áreas com suspeita de fraturas

O transporte da vítima pode ser feito por maca, que é a melhor forma. Se por acaso não houver uma disponível no local, ela pode ser improvisada com duas camisas ou um paletó e dois bastões resistentes, ou até mesmo enrolando-se um cobertor várias vezes em uma tábua larga.

Com apenas um socorrista:

Apoio lateral simples:

* o braço da vítima é passado sobre os ombros do socorrista, por trás do pescoço;
* o socorrista segura firmemente o braço da vítima;
* com o outro braço, o socorrista envolve o acidentado por trás da cintura.

Arrastamento de roupa — a vítima é arrastada no sentido do eixo cranial pelo socorrista, que utiliza a camisa ou casaco como ponto de apoio;

Arrastamento tipo cobertor — posicione a vítima estendida de lado. Coloque o cobertor por debaixo do corpo do paciente, desvire-o, colocando-o de barriga para cima, e puxe o cobertor do outro lado. Inicie o transporte puxando o cobertor próximo à cabeça da vítima.

Com dois socorristas:

Para o atendimento eficiente de politramautizados, é importante ter em mente que, em muitos casos, a vítima não pode e não deve se movimentar espontaneamente, devido às lesões já existentes ou a lesões que possam ocorrer por uma locomoção indevida. Portanto, a melhor maneira de mover uma vítima deitada é o uso da prancha longa, quando o acesso ao paciente é viável.


Veja os métodos disponíveis para transporte com maca ou prancha longa. Esta técnica deve ser realizada da forma apropriada, tanto para evitar complicações para as vítimas como danos lombares para os socorristas.

* Depois, os socorristas devem posicionar os pés ligeiramente afastados, e não paralelos ou alinhados;
* Ao se abaixar para elevar a maca, os socorristas devem ficar de joelhos na posição tripé, ou seja, um joelho no chão e outro afastado, fora da posição do antebraço;
* O socorrista A deve comandar as manobras, indicando quando é a hora de elevar a vítima. Eles então se posicionam de cócoras, levantando o joelho que estava apoiado no chão;
* Após a ordem do socorrista A, ambos devem elevar a vítima utilizando os músculos da coxa. Desta forma, evita-se o uso incorreto da musculatura da coluna, o que pode causar sérios danos;
* Para iniciar a caminhada, o socorrista A deve sempre dar o comando, dirigindo-se com a vítima para a ambulância ou para outro lugar seguro.



Durante a caminhada, podem aparecer obstáculos no caminho, tais como árvores caídas, por exemplo. O procedimento adequado nestes casos é:

* Quando se aproximar do obstáculo, o socorrista A deve avisar ao outro socorrista do problema;
* Os socorristas devem colocar o paciente no solo delicadamente, sempre com a orientação do socorrista ;
* Com a prancha ao chão, os socorristas devem se posicionar nas laterais, um com a mão na altura do ombro da vítima e o outro com a mão um pouco abaixo dos joelhos, e manter os pés ligeiramente afastados;
* Para elevar a prancha, o socorrista A dirige a operação: ambos se colocam de cócoras, erguendo os joelhos que estavam de apoio no chão;
Em seguida, os socorristas se levantam, usando os músculos das coxas para erguer a vítima;
* Depois, sempre sob o comando do socorrista A, posicionam a prancha com a cabeceira sobre o obstáculo;
* Os socorristas se colocam face a face, caminhando em direção ao paciente, movimentando a maca na lateral e deslizando as mãos ao longo da prancha.
* O socorrista B se posiciona na extremidade da prancha;
* Enquanto o socorrista B segura a prancha , o socorrista A pula o obstáculo e pega a extremidade da prancha perto da cabeceira da vítima;
* Depois, sob a ordem do socorrista A, os dois seguem de forma que apóiem a extremidade dos pés do paciente sobre o obstáculo. O socorrista B salta o obstáculo e vem se posicionar próximo à cabeceira do paciente;
* Os socorristas ficam frente a frente e andam em direção ao meio da prancha. Em seguida, a prancha é colocada no solo e o processo recomeça.



LEMBRETE IMPORTANTES:

Evite transportar a vítima ou mesmo movimentá-la sem necessidade.
Chame uma ambulância e fique prestando o atendimento de acordo com a avaliação primária e secundária e as orientações recebidas.
Avalie a situação, só em casos onde não há como chegar socorro (local de difícil acesso e/ou sem telefone) e desde que tomadas as devidas providências em relação a segurança da vítima e imobilização adequada é que devemos transportá-la, ou em casos em que não haja necessidade de uma ambulância (pequenas lesões) desde que avaliadas e que o transporte por carro comum não interfira para agravar a situação.
Comprovada a não contra-indicação e conforme a situação, ( desmaio, inalação de gases, entorses, etc.), transporte a vítima de acordo com o que melhor se adequar a cada caso.





A remoção ou movimentação de um acidentado deve ser feita com um máximo de cuidado, a fim de não agravar as lesões existentes. Antes da remoção da vítima, devem-se tomar as seguintes providências:

* Se houver suspeita de fraturas no pescoço e nas costas, evite mover a pessoa.
Para puxá-la para um local seguro, mova-a de costas, no sentido do comprimento com o auxílio de um casaco ou cobertor.
* Para erguê-la, você e mais duas pessoas devem apoiar todo o corpo e colocá-la numa tábua ou maca, lembrando que a maca é o melhor jeito de se transportar uma vítima. Se precisar improvisar uma maca, use pedaços de madeira, amarrando cobertores ou paletós.

* Apóie sempre a cabeça, impedindo-a de cair para trás.
* Na presença de hemorragia abundante, a movimentação da vítima podem levar rapidamente ao estado de choque.
* Se houver parada respiratória, inicie imediatamente a respiração boca-a-boca e faça massagem cardíaca.
* Imobilize todos os pontos suspeitos de fratura.

* Se houver suspeita de fraturas, amarre os pés do acidentado e o erga em posição horizontal,como um só bloco, levando até a sua maca.No caso de uma pessoa inconsciente, mas sem evidência de fraturas, duas pessoas bastam para o levantamento e o transporte.Lembre-se sempre de não fazer movimentos bruscos.